IBM: a história de uma gigante
Hoje, vamos falar um pouco mais profundamente da história da IBM, que tem 110 anos desde sua criação. A gigante que ganhou maior notoriedade na Segunda Geração da Computação afetou muito a história da computação como conhecemos
Uma história que começa a um século atrás
Oficialmente,
a história da IBM começa em 1911 com o empresário Charles Flint. Foi ele quem
uniu três empresas em uma só, criando a CTR – Computing Tabulating Recording
Company. Ela foi a fusão entre a Tabulating Machine Company, a Computing Scale
Company of America e a International Time Recording Company. A primeira é a
mais famosa, porque foi fundada por Herman Hollerith, criador da máquina de
registro e cálculo com cartões perfurados. Sim, o nome de Herman que originou a
palavra ‘holerite’ do seu aguardado salario!
O mercado inicial da CTR era super variado, já que pegou todos
os produtos dessas empresas. Ele tinha balanças comerciais, fatiadores de carne
ou queijo, relógios e os cartões perfurados, entre outros itens. Ao todo, já
eram 1300 funcionários.
Acabou que, apesar dos apesares, isso era muito difícil de
gerenciar, e a empresa precisou contratar alguém para ajudar nessa questão. Essa
pessoa era Thomas J. Watson, que trabalhava com máquinas registradoras e virou
gerente em 1914. Watson ajudou bastante a marca a crescer e virou presidente
rapidinho, adotando o slogan "THINK" e focando em fornecer maquinário
pra grandes negócios.
Internacionalizando para o bem e para o mal
E o início da expansão internacional da IBM começa justo no
Brasil. O escritório no Rio de Janeiro abre em 1917 pra ajudar na prestação de
serviços públicos com as perfuradoras e tabuladoras. Três anos depois, o censo
foi realizado usando máquinas da CTR.
Durante a Segunda Guerra Mundial, entretanto, surge uma
polêmica. A IBM foi acusada de colaborar com o governo alemão e fornecer tecnologias
e equipamentos, em especial as maquinas de Hollerith (se você não sabe o motivo
de isso ser um escândalo, volta para as suas aulas de história).
Acontece que: a subsidiária de lá foi tomada pelo governo
nazista e não teve escolha. De vontade própria, ela ajudou o lado dos Aliados,
especialmente nos Estados Unidos com novas calculadoras e colocando todas as
fábricas à disposição. O Thomas Watson ainda recusou uma medalha do governo alemão.
O início do domínio
As coisas começam a melhorar e a década de 50 é cheia de
inovações. A primeira delas é o IBM 701, primeiro computador científico
comercial da empresa. Ele usava como mecanismo de memória os chamados tubos de
Williams, forma jurássica de armazenamento de memória.
Vieram ainda o IBM 650, primeiro computador da história
produzido em massa, e o Naval Ordnance Research Calculator, o NORC, usado pela
Marinha e que foi considerado na época o computador mais poderoso do mundo.
Em na metade da década de 50, Thomas Watson deixa o comando da
empresa nas mão de sua prole, Thomas Watson Jr. E nessa época, a IBM começa a
brincar com inteligência artificial. Pois é, na década de 50! Um funcionário
programou um dos PCs da marca pra jogar damas e aprender com os próprios
movimentos. Foi uma das primeiras vezes que esse conceito de auto-aprendizagem
foi usado.
Outro destaque é o RAMAC, um modelo que tinha uma unidade de
armazenamento de disco magnético com acesso aleatório, uma das primeiras vezes
que isso era usado. Ela ainda apresenta a FORTRAN, uma linguagem que ficou
bastante famosa em trabalhos mais técnicos.
O primeiro estouro
Na década de 60, a IBM passa de uma empresa média com vários
produtos bons pra uma gigante com uma ótima plataforma. É que em 64 nasce o System/360,
o primeiro computador que realmente muda a indústria e que tem vários
sucessores ao longo dos anos.
Antes dele, os modelos eram todos incompatíveis entre si e você
não podia simplesmente fazer um upgrade no hardware. Com esse mainframe, todos
os mercados de consumidores eram atendidos, já que ele era vendido em linhas
com diferentes configurações. Além disso, softwares e periféricos podiam ser
instalados de um modelo pro outro. Essa padronização hoje parece óbvia, mas na
época foi uma revolução.
Nessa década, surge nos laboratórios da IBM a DRAM, a memória de
acesso que usa a carga de capacitores pra armazenar dados, e a linha de
máquinas de escrever Selectric. Na década de 70, Thomas Watson Jr. se aposenta
por problemas de saúde e acaba a história da família no comando da IBM. Mas o
substituto, Frank T. Cary, manteve o bom trabalho.
Nos próximos anos, a empresa inventou o disquete começando com
um modelo de 8 polegadas. Pois é, aquele que muita gente aqui usou muito e
outros nem chegaram a ver um ao vivo. Ela ainda lança precursores de duas
tecnologias comuns hoje: um pai das máquinas automáticas de banco e o IBM 3660,
um terminal de passar produtos em supermercados.
A IBM ainda contribui muito para história do TI, mas por enquanto
a gente encerra por aqui e deixa pra completar essa história nos próximos capítulos
da nossa saga pela história da computação!
por:
Ana Beatriz
Ana Luiza
https://www.tecmundo.com.br/mercado/121588-historia-ibm-empresa-centenaria-revolucionaria-video.htm
12 de setembro de 2021
Comentários
Postar um comentário